Prelúdios e Noturnos - Parte 6
"A joia sussurra em seus ouvidos sobre dores longínquas e loucuras remotas, sobre mortes afastadas e terrores distantes."
Depois de se apoderar do rubi de Sandman, Doutor Destino se refugia em uma lanchonete 24 horas, lugar em que já começa a usar dos seus poderes recém adquiridos.
Crítica: seguindo a tendência iniciada na edição anterior, Gaiman aqui muda de vez a dinâmica da história e a foca totalmente em Doutor Destino. No início não é seu ponto de vista que predomina, mas sim a da garçonete da lanchonete onde ele se refugiou. Na primeira parte, o leitor é apresentado a todos os frequentadores do lugar, retratando seus segredos e angústias. Somente após isso, Destino entra em cena e começa a usar contra eles os poderes do rubi. De hora em hora acompanhamos o estado em que se encontram as pessoas que passaram a ser controlada por ele dentro da lanchonete, numa evidente demonstração do poder que reside dentro da joia perdida de Morfeus. Fica claro ao final que em Sandman não haverá soluções fáceis, por mais que isso exija uma certa dose de choque nos leitores. E é isso que é oferecido aqui: uma história chocante, que elimina qualquer resquício de dubiedade do personagem de Destino, desembocando em um final que deixará a conclusão do arco ainda mais valorizada.
Sandman #6
**** (8,0)
DC Comics | junho de 1989
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Mike Dringenberg e Malcolm Jones III
Cores: Daniel Vozzo
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