Capítulo 3
"Todos vocês, ou quase todos, vieram em busca da mesma coisa: desta chave e do que ela representa."
De volta ao sonhar, depois de Lúcifer ter entregado a ele a chave dos domínios do inferno, Morfeus se enclausura em seu quarto de tão chocado que fica com semelhante reviravolta. Enquanto isso, diversos entes que outrora habitavam aquele lugar passam a planejar a sua retomada. E para isso, contam com um valioso refém: Nada.
Comentários | Há certas edições que servem para aprontar as bases para eventos mais importantes que doravante ocorrerão. São histórias mais descritivas, de transição e que servem ao propósito de amarrar o roteiro e não deixar pontas solta, prejudicando a continuidade da história. O capítulo 3 do arco Estação das Brumas vem justamente para cumprir essa função. Depois da impactante recepção de Morfeus no inferno, Morfeus se recolhe a sua mansão para que consiga "digerir" bem a história toda. Talvez Neil Gaiman criou essa história para o mesmo objetivo: deixar o leitor respirar e se recuperar dos eventos recentes.
Claro, que essa teoria ganha sentido maior quando se pensa a série dentro de uma coletânea, onde geralmente as histórias são lidas dentro de um espaço de tempo menor que a periodicidade mensal da publicação original. Porém, não há que se negar que essa história destoa do ritmo apresentado na edição anterior. Nada mais natural, portanto, a opção de haver uma história de transição após ela.
Na maior parte da trama, vemos todos aqueles entes afetados e interessados na reabertura do inferno. Uns desejam tomá-lo para si, outros querem apenas de volta o lugar onde se sentia bem. Todos esse vão até as portas do Reino dos Sonhos e exigem uma audiência com Morfeus para negociar. É nesse ponto que Nada, aquela que serviu de motor as ações do Senhor dos Sonhos até aqui, entra: ela está sendo feita de refém e servirá como chantagem.
A arte de Kelley Jones continua me desagradando um pouco. Parece que ele teve uma grande dificuldade em retratar as expressões faciais de Morfeus e por algumas oportunidades fica a dúvida sobre do que ele de fato está sentindo. Mas no geral, sua arte não tem comprometido.
Sandman #24
**** (8,0)
DC Comics | fevereiro de 1991
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Kelley Jones
Arte-Final: P. Craig Russell
Claro, que essa teoria ganha sentido maior quando se pensa a série dentro de uma coletânea, onde geralmente as histórias são lidas dentro de um espaço de tempo menor que a periodicidade mensal da publicação original. Porém, não há que se negar que essa história destoa do ritmo apresentado na edição anterior. Nada mais natural, portanto, a opção de haver uma história de transição após ela.
Na maior parte da trama, vemos todos aqueles entes afetados e interessados na reabertura do inferno. Uns desejam tomá-lo para si, outros querem apenas de volta o lugar onde se sentia bem. Todos esse vão até as portas do Reino dos Sonhos e exigem uma audiência com Morfeus para negociar. É nesse ponto que Nada, aquela que serviu de motor as ações do Senhor dos Sonhos até aqui, entra: ela está sendo feita de refém e servirá como chantagem.
A arte de Kelley Jones continua me desagradando um pouco. Parece que ele teve uma grande dificuldade em retratar as expressões faciais de Morfeus e por algumas oportunidades fica a dúvida sobre do que ele de fato está sentindo. Mas no geral, sua arte não tem comprometido.
Sandman #24
**** (8,0)
DC Comics | fevereiro de 1991
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Kelley Jones
Arte-Final: P. Craig Russell
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