Aquaman não quer mais viver em Atlândida. Junto com Mera, sua rainha, decide mudar de vida, passando a viver em terra firme. Contudo, um ataque de estranhas e desconhecidas criaturas vindo do mar exige que ele coloque seus planos de lado, exigindo que assuma a responsabilidade de cuidar da situação.
Comentários: a grande fama que o reboot de Aquaman alcançou me fez mudar de ideia quanto não acompanhar mais nenhuma série dos Novos 52. Os altos elogios que essa nova fase do herói na DC recebeu (e ainda vem recebendo), tanto da crítica especializada quanto dos leitores comuns, não eram de se ignorar.
De fato, após o primeiro arco já é preciso reconhecer as qualidades dessa série que, até há pouco tempo, era problemática para a DC. Agora, sob a batuta de Geoff Johns (Liga da Justiça e Lanterna Verde) e Ivan Reis (desenhista brasileiro de muito prestígio nos EUA, tendo já trabalhado em diversas revistas, como Lanterna Verde de Johns), o herói e rei de Atlândida assumiu uma postura inovadora, participando de uma trama desde o início arrebatadora. Mesmo aqueles não acostumados a acompanhar o título consequem entender a trama e se divertir, sem ser necessário entender a cronologia do herói, aspecto que tanto impede a adesão de novos leitores.
Basicamente, a história parte da decisão de Aquaman levar uma nova vida, dessa vez fora do mar, ao lado de sua companheira Mera, a rainha de Atlândida e que acompanha o herói desde a sua origem praticamente (sua primeira aparição foi em Aquaman #11 de setembro de 1963). Ao contrário de outros super-heróis, Aquaman sofre de uma péssima popularidade entre as pessoas, que dizem que ele é um herói menor e pouco influente. Esse aspecto da trama é algo que Johns acertou em cheio em usar, pois é essa é a fama que de fato Aquaman possui entre muitos fãs de quadrinhos de super-heróis. Ver Aquaman lidando com essa má fama é algo que enriqueceu ainda mais a história.
A arte de Ivan Reis também é algo notável. Seu traço é o melhor dentre as revistas DC (pelo menos dentre as que acompanho) e isso em muito contribuiu para fazer de Aquaman uma revista tão inesperadamente boa. Seu desenhos são proporcionais, detalhados e dinâmicos. A colaboração do arte-finalista Joe Prado no resultado final também é evidente.
Aquaman #1-4
**** (8,0)
DC Comics | novembro de 2011 a janeiro de 2012
Panini | junho a agosto de 2012
Roteiro: Geoff Johns
Arte: Ivan Reis
Arte-Final: Joe Prado
Nenhum comentário:
Postar um comentário