A Casa de Bonecas - Parte 7
"Quando o último dos seres vivos deixar este universo, então nossa missão terá se encerrado."
Na conclusão do arco, Rose é levada para o Reino dos Sonhos para ser morta por Sandman. Todas as pontas soltas da trama são finalmente fechadas e a origem dos acontecimentos das últimas edição são revelados.
Comentários | Em uma edição densa e especialmente tensa, Sandman conclui A Casa de Bonecas de forma espetacular. A forma como ela junta num todo coeso os mistérios que vinham edição por edição sendo apresentados ao leitor é arrebatador.
A história começa logo com a passagem em que Morfeus chega com Rose no Sonhar e revela que ela precisa ser morta para preservar o mundo em que vivem. Logo nos é revelado que Gilbert era o Verde do Violinista, sonho que fugiu do reino quando Sandman ficou cativo. Ainda que a revelação tenha sido previsível (se levarmos em conta as diversas dicas deixadas nas edições anteriores), a forma como ela se juntou ao quebra-cabeça que Gaiman criou foi empolgante.
O mesmo pode dizer ser dito sobre como o núcleo de Unity e Miranda que se juntou a trama principal, revelando que aquela é, na verdade, o vórtice que ameaça a existência. Página a página a teia de acontecimentos vai sendo ordenada, de forma que o leitor enfim compreende tanto a trama como um todo, quanto detalhes menores, como a pertinência do nome do arco. E isso nos leva a parte final.
A primeira cena quanto a última possui uma personagem em comum: Desejo. O Perpétuo se revelou uma ameaça a Morfeus, ao passo que ficou sugerido que ela teria sido responsável pelo estupro em Unity, que gerando a gravidez de Miranda, mãe de Rose. Qualquer tentativa de explicar esse conflito não alcança a qualidade da narrativa de Gaiman. O certo é que no final ficou a promessa de um enorme conflito envolvendo os irmão-Perpétuos.
Aos poucos o leitor vai se familiarizando com os conflitos que dividem esses seres tão essenciais para o equilíbrio da vida, bem como com as possíveis consequências que um entrevero desses pode acarretar. Apesar de um início um tanto morno, o arco finalizou-se de maneira surpreendente e prometendo muito pela frente.
Sandman #16
***** (9,5)
DC Comics | junho de 1990
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Mike Dringenberg e Malcolm Jones III
Cores: Zylonol
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