E Y - O Último Homem finalmente vai caminhando para o seu final... O penúltimo volume da série de encadernados da Panini, Pátria-Mãe, traz o arco homonômico em que foi anunciado que se revelaria a origem da praga que matou todos os homens do mundo.
Yorick e companhia estão na China em busca do laboratório em que Dra. Mann possa continuar seus experimentos de clonagem. Em poucos volumes a ação se desenvolveu em tanto lugares que é compreensível que se fique um pouco em dúvida quanto a sequência. Além do núcleo de Yorick, há também a saga de Hero de levar Beth e seu filho até seu irmão, além da caçada de Alter em busca dele também.
Ao contrário do que seria comum acontecer, todo esses núcleos narrativos estão sendo bem conduzidos e é certo que todos estão em rota de colisão entre si e está com toda a pinta de que isso ocorra em Paris. É para lá que todos eles estão indo, prenunciando um final explosivo para a série.
Mesmo depois de mais de 50 edições, é incrível como a série mantém o mistério e o ritmo, conseguindo a façanha de edição por edição alimentar a curiosidade do leitor e impressioná-lo com a trama. Lógico que o desgaste sempre existe, mas o resultado final continua surpreendente.
Depois das quatro edições de Pátria-Mãe, o volume ainda traz duas edições avulsas (ambas desenhadas por Goran Sudzuka), porém seguindo a mesma proposta: apresentar histórias de velhos personagens da série. Em A Obituarista, revemos Waverly, a removedora de corpos que viu Yorick pela primeira vez depois do surgimento da praga ainda nas primeiras edições. Ainda que apresente uma trama paralela, ela se conecta à trama principal quando Waverly é chamada no Capitólio para preparar o velório da mãe de Yorick, senadora Jennifer Brown, que foi assassinada. Essa ponta provavelmente será atada no último volume.
Já em Tragicomédia, nos reencontramos com Cayce e Henrietta, da companhia de teatro que capturou Ampersand numa história do terceiro volume. Elas estão em Hollywood tentando filmar um filme sobre o último homem, mas o projeto fracassa e elas voltam à estaca zero. A melhor sacada da edição foi a expressão artística que elas adotaram depois de não darem certo no cinema: os quadrinhos! Ao final da história, vemos Yorick lendo um dos exemplares que elas escreveram.
Essas duas edições foram muito bem-vindas dentro da dinâmica da série, principalmente para garantir um respiro entre as sagas finais, que estão especialmente movimentadas.
Vale, por fim, fazer menção ao ótimo trabalho na arte-finalização de José Marzán Jr., especialmente em A Obituarista. Guerra e Sudzuka possuem, por óbvio, estilos de desenho diferentes, mas a arte de Marzán Jr. é tão regular que ele consegue mesmo assim manter a identidade artística da série, primando pela limpeza da arte, tão peculiar à série.
Y - O Último Homem: Volume 9 - Pátria-Mãe
Y - The Last Man #49-54
Vertigo | novembro de 2006 a abril de 2007
Panini | julho de 2012
Roteiro: Brian K. Vaughan
Arte: Pia Guerra e Goran Sudzuka
Arte-Final: José Marzán Jr.
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