Capítulo 4
"A gente aprendeu tudo que tinha pra aprender na escola. Agora vamos ver o que a vida tem a oferecer."
As férias escolares chegaram e Charles Rowland não tem para onde ir. Seu pai estava no Kuait e ele não tem ninguém com quem ficar, além da enfermeira e do diretor do internato. Sua rotina de passar os dias na biblioteca é interrompida quando antigos alunos e professores voltam do inferno e passam a assombrar o lugar.
Comentários | O que era previsível aconteceu: os mortos que outrora habitavam o inferno estão voltando ao plano terreno e essa edição de Sandman retrata precisamente esse fenômeno. A perspectiva escolhida por Gaiman foi de um solitário garoto dentro de um misterioso e deserto internato. Melhor cenário para uma história de terror não há. Somente o pequeno Charles não parece um personagem saído do filme A Noite dos Mortos Vivos (clássico do terror de George Romero). Porém, o garoto se mostra alheio a todo esse cenário apavorante e encara sua situação com resignação, talvez porque nada pode ser pior do que ser abandonado pelo pai. Sua aura melancólica é evidente.
Ainda que esteja ligado ao arco, essa edição representa uma pausa na sequência de eventos que vinham sendo apresentados. Assim, deixou-se para o próximo volume a audiência de Sandman com as almas perdidas do inferno. Aqui vemos uma das consequências do fechamento do inferno. Ela é retratada de forma delicada e reflexiva, peculiar a Gaiman. Charles é um menino solitário, abandonado pelos vivos, mas que encontra num garoto morto uma companhia leal. Além disso, somente depois de morto que ele alcançou a liberdade que nunca teve um vida.
Ainda que esteja ligado ao arco, essa edição representa uma pausa na sequência de eventos que vinham sendo apresentados. Assim, deixou-se para o próximo volume a audiência de Sandman com as almas perdidas do inferno. Aqui vemos uma das consequências do fechamento do inferno. Ela é retratada de forma delicada e reflexiva, peculiar a Gaiman. Charles é um menino solitário, abandonado pelos vivos, mas que encontra num garoto morto uma companhia leal. Além disso, somente depois de morto que ele alcançou a liberdade que nunca teve um vida.
O roteiro criado para esse volume por Gaiman consiste numa clássica história de horror inserida no universo de Sandman. De clima carregado, mas ainda assim agradável de se ler, nada explicitamente indicaria se tratar de uma edição da série, não fosse a rápida participação de Morfeus e Morte. A mitologia aqui serve apenas como pano de fundo para a triste saga de Charles.
Os desenhos dessa edição estiveram a cargo de Matt Wagner (Madame Xanadu).
Sandman #25
**** (8,5)
DC Comics | março de 1991
Roteirista: Neil Gaiman
Arte: Matt Wagner
Arte-Final: Malcolm Jones III
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