Tiradas Nona Arte é um espaço que dedicarei às principais série e autores de tirinhas de todo o mundo. Grandes artistas dos quadrinhos marcaram história nessa espécie de publicação, entre eles Jaguar, Quino, Charles Schulz, Angeli, Crumb, entre outros.
Estreamos essa coluna com uma obra de um desses grandes artistas, Dik Browne, criador de um das séries mais publicadas no mundo: Hagar, O Horrível. Criada em 4 de fevereiro de 1973 e atualmente distribuída pela King Features Syndicate, a série ostenta até hoje números incríveis. Em 2010, ela era distribuída para 1.900 jornais de 58 países, em 13 idiomas.
Personagem principal de uma das tirinhas mais preferidas pelos brasileiros, Hagar é um viking imundo, gordo e de barba ruiva. Ele regularmente faz incursões na Inglarerra às vezes à França. O escritor Sacks Terence J. observou uma vez que a justaposição de qualidades contrárias fazem de Hagar cativante para o leitor: "capacete com chifres, barba áspera e túnica shaggy o faz parecer um pouco como um homem das cavernas, mas você também sabe que Hagar deixa sua barriga saliente ocasionalmente expostos".
Crédito: L&PM Editora |
Grande parte do humor em torno de Hagar vem das histórias com a tripulação de sua canoa, principalmente com "Eddie Sortudo", que invariavelmente também o acompanha na taberna. Em casa, sua principal companhia é sua combativa esposa, Helga. Dentre os personagens de apoio, incluem seu brilhante e sensível filho Hamlet; a sua bonita, mas internamente sem esperança, filha Honi; o animal de estimação de Helga pato Kvack; o cão leal e inteligente de Hagar, Snert; e outros personagens secundários, como Dr. Zook.
Em Hagar, o Horrível é usado um estilo de desenho claro e de traço mínimo, com detalhes de fundo geralmente sombreados. Especialistas argumentam que o estilo é provavelmente derivado da experiência de Dik Browne como ilustrador de tribunal e de mapas para as batalhas da Segunda Guerra Mundial, além de sua experiência como ilustrador ligado a uma unidade de Engenheiro do Exército dos EUA, onde ele desenhava diagramas técnicos, mapas e outros documentos que exigiam representações muito claras.
Desde a aposentadoria de Dik Browne em 1988, seu filho Chris têm cuidado das tiras pessoalmente, embora já tenha começado a ajudar o pai desde 1974. De 1989 a 1995 Chris escrevia e desenhava; de 1995 em diante os roteiros passaram a ser feitos por outros artistas. A série é até hoje publicada
Seu sucesso lhe rendeu algumas adaptações animadas para TV, como as produzidas pela Hanna-Barbera sob encomenda da rede americana CBS em 1989. Contudo, a série não teve prosseguimento.
No Brasil, as tiras de Hagar são publicadas pelo jornais Folha de São Paulo, O Globo, Jornal do Commercio e Zero Hora. Dentre as editoras, L&PM, Mythos e Vecchi já publicaram livros com compilados da tiras no país.
A Rio Gráfica (hoje Editora Globo) também chegou a editar a tirinha do Hägar. Foi no Gibi Semanal (1974-75), como também num pocket book (formato talão de cheque) de 76, que trazia uma coletânea de tiras do personagem.
ResponderExcluirA mesma coisa fez a saudosa Editora Artenova, ainda nos anos 70, quando chegou a editar a tirinha do Hägar na revista Patota.
Ah! Não se esqueçam de visitar o site oficial da tirinha do Hägar - distribuída mundialmente pelo King Features (http://kingfeatures.com). O endereço é o seguinte: http://hagarthehorrible.com.
Desejo-lhes boa sorte!