Capítulo 1
"Ás vezes, podemos escolher a trilha que seguimos. Ás vezes fazem nossas escolhas por nós. Outras vezes, não temos escolha alguma"
Morfeus está decidido a ir até o Inferno para perdoar seu antigo amor, Nada, condenada a uma existência de tormentos sem fim. Prenunciando um embate sem precedentes com Lúcifer, o Rei dos Sonhos faz seus últimos preparativos antes de dar início a sua saga. Enquanto isso, um enviado seu mandado ao Inferno, Caim, encontra-se com Lúcifer para lhe avisar da inesperada visita que receberá.
Comentários | A saga mais épica de Sandman começou. Morfeus descerá até o inferno para trazer seu antigo amor de volta e Lúcifer não aparenta estar muito receptivo. Ao contrário, ambos estão lidando com essa situação da maneira mais conflituosa possível, indicando um futuro embate que pode até mesmo significar o fim da existência de um deles.
A primeira parte de Estação das Brumas é interessante por evidenciar um dos pontos fracos de Sandman. A rotação dos desenhistas. Infelizmente, até esse ponto nenhum desenhista ocupou com estabilidade o posto. Mike Dringenberg que assinou a maior parte da arte da primeira parte da série, se afastou e uma rotação de desenhistas passou a ser adotada, alternando entre Charles Vess e Kelley Jones. É este quem assina a arte dessa e das próximas duas edições.
O fundamento já começou problemático logo no início da série, quando Sam Kieth abandonou o barco após apenas poucas edições desenhadas. Agora com essa rotatividade, fica evidente que há um prejuízo considerável para a identidade visual da série como um todo. Basta observar a forma muitas vezes estranha em que Morfeus é retratado, não havendo de forma nenhuma um padrão sobre a imagem do personagem. E não se pode dizer que se trata de um mero detalhe, mesmo que para uma série como Sandman, em que o roteiro é o maior destaque.
Além disso, Kelley Jones não demonstra estar muito a vontade com seus desenhos. Ele próprio parece não seguir padrão algum, os personagens vão mudando de aparência ao longo de apenas uma edição. Detalhes inexistente vão sendo inseridos tanto nos cenários quanto nos personagens (o bico de Matthew tem uma forma a cada quadro), revelando que continuidade também não é seu forte. Sem falar em algumas expressões faciais horrendas que volta e meia surgem.
Talvez uma melhora aconteça nas próximas edições, já que nas primeiras desenhadas por Jones a arte estava razoável, sem comprometer a edição, como quase aconteceu aqui.
Sandman #22
**** (8,0)
DC Comics | dezembro de 1990
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Kelley Jones
Arte-Final: Malcolm Jones III
A primeira parte de Estação das Brumas é interessante por evidenciar um dos pontos fracos de Sandman. A rotação dos desenhistas. Infelizmente, até esse ponto nenhum desenhista ocupou com estabilidade o posto. Mike Dringenberg que assinou a maior parte da arte da primeira parte da série, se afastou e uma rotação de desenhistas passou a ser adotada, alternando entre Charles Vess e Kelley Jones. É este quem assina a arte dessa e das próximas duas edições.
O fundamento já começou problemático logo no início da série, quando Sam Kieth abandonou o barco após apenas poucas edições desenhadas. Agora com essa rotatividade, fica evidente que há um prejuízo considerável para a identidade visual da série como um todo. Basta observar a forma muitas vezes estranha em que Morfeus é retratado, não havendo de forma nenhuma um padrão sobre a imagem do personagem. E não se pode dizer que se trata de um mero detalhe, mesmo que para uma série como Sandman, em que o roteiro é o maior destaque.
Além disso, Kelley Jones não demonstra estar muito a vontade com seus desenhos. Ele próprio parece não seguir padrão algum, os personagens vão mudando de aparência ao longo de apenas uma edição. Detalhes inexistente vão sendo inseridos tanto nos cenários quanto nos personagens (o bico de Matthew tem uma forma a cada quadro), revelando que continuidade também não é seu forte. Sem falar em algumas expressões faciais horrendas que volta e meia surgem.
Talvez uma melhora aconteça nas próximas edições, já que nas primeiras desenhadas por Jones a arte estava razoável, sem comprometer a edição, como quase aconteceu aqui.
Sandman #22
**** (8,0)
DC Comics | dezembro de 1990
Roteiro: Neil Gaiman
Arte: Kelley Jones
Arte-Final: Malcolm Jones III
Nenhum comentário:
Postar um comentário